- Samm? – disse a mãe.
- Sim?
- Chegou há quanto tempo?
- Não tem nem duas horas mãe... por quê?
- Eu é que pergunto... por que está mentindo para mim? – perguntou a mãe de forma ríspida. – Eu vi você com um rapaz no parque... e eu acho que ele não é um homem para você.
- Por que isso? Você nem o conhece!!
- Eu até deixo você ser uma fotógrafa, desde que se case com alguém que tenha uma profissão que dê dinheiro... e não outro fotógrafo.
- Eu amo o Jason... não me importo que ele seja um fotógrafo ou que não tenha dinheiro!
- Você ainda é muito jovem... vai esquecê-lo rápido. Você ainda nem sabe que é amor de verdade!
- Não, mãe... foi você quem esqueceu o que é o amor. Desde que papai morreu você só se importa com si mesma. Nem se importa comigo. Nunca quis se fixar em um lugar, e no auge da minha felicidade você acaba com ela! Foi assim todas as vezes que a gente se mudou. Mas dessa vez não vou deixar você acabar com ela.
- Não digo mais nada... você está completamente cega por causa desse John.
- O nome dele é Jason! – gritou no meio de lágrimas – Eu te odeio!
Samm bateu a porta do quarto.
Samm não se sentia tão triste desde a morte de seu pai. Pegou o livro de sua irmã e começou a escrever com as mãos trêmulas por causa do choro.
‘ Por quê? Me responda: Por que ela me tortura tanto? Izzie, só você poderia acalmar essa tempestade que está aqui em casa! Ela me proibiu de ver o Jason. Aquela LOUCA mandou até trocarem meus horários na escola e me supervisionarem para eu não ir falar com ele e nem ele vir falar comigo. Ela quase QUEBROU minha câmera. Você não tem idéia da falta que você faz. Nessas horas, você costumava ficar do meu lado, me acalmando... Eu quero ir embora dessa casa! ’
Naquela noite, no meio das férias, Samm arrumou suas coisas. Guardou seus pertences e salvou todas as fotos do computador num pen drive e pulou a janela, com todos os pertences numa mala e numa mochila. Chamou um táxi e foi para a casa de Jason. Ligou avisando que estava indo para lá. Jason morava sozinho. Ele abriu as portas do apartamento e a recebeu. Ele a ajudou com as malas. E perguntou:
- Por que sua mãe não quer nos ver juntos?
- Ela quer que eu tenha um futuro com alguém muito bem sucedido e rico e não um fotógrafo.
- Desculpe falar, mas sua mãe é muito superficial.
- Eu não quero saber. Eu detesto ela. Ela passou dos limites.
- Vamos esquecer ela um pouco. – disse Jason a puxando para beijá-la.
Ele começou a despi-la e ela também, até ficarem semi-nus.
- Não se preocupe. Eu tenho proteção... tanto para mim quanto para você... – disse Jason.
Naquela noite, Samm deixou de ser virgem com a pessoa que amava.
No dia seguinte, Samm colocou sua lingerie e foi para a cozinha. Preparou um café da manhã especial para os dois. Ela nunca iria se esquecer da primeira transa.
- Bom dia.
- Bom dia.
- Fiz café da manhã para nós.
Jason enrolou o lençol na cintura e pegou o misto-quente.
- Quero te fazer duas propostas.
- Quais são? – perguntou Samm.
- A primeira é: Vamos fazer faculdade juntos fora de New York?
- Claro... – ela fez um pequena pausa – mas aonde vamos estudar?
- Em Seattle pode ser? Eu sei que é um lugar especial para você... e lá talvez você encontre sua amiga, Andie.
Ela o abraçou e deu-lhe um beijo:
- Isso é ótimo!
- A outra proposta é melhor ainda
- Fale...
Ele pegou na gaveta da mesinha de cabeceira uma pequena caixa em formato de coração e a abriu:
- Quer se casar comigo?
Era um lindo anel com um pequeno diamante. Samm não tinha palavras para descrever aquele momento. Ela simplesmente aceitou.
Um ano se passou, e Rose, a mãe de Samm estava desesperada atrás da filha. Foi quando recebeu uma carta:
‘ Mãe, sei que você deve estar muito preocupada comigo... mas não precisa ficar desse jeito. Eu estou numa faculdade estadual em Seattle, junto com o Jason. É, mãe a gente se casou. Adivinha quem eu encontrei: Andie, minha amiga...ela está na nossa turma na faculdade e ela foi minha madrinha de casamento. Ela também se casou, sabia? Com um artista plástico. A Izzie já está a par da minha situação. Ela me ajudou a vir para Seattle. E eu já enviei aquele livro-carta para ela, como prometido. Quando der, eu irei te visitar em Manhattan, ou você mesma pode vir a Seattle nos visitar. Nossa casa estará de portas abertas. A Izzie ajudou muito a gente com essa mudança. De onde ela estiver, ela sempre vai me ajudar, e eu ajudarei ela... Eu queria só te pedir para ficar feliz por mim. Eu te amo apesar da nossa briga. Saudades, Samm. ’
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